sábado, 23 de maio de 2015

Seis de Abril...

Nos encontrávamos, eu dizia estar bem, mas você sabia que algo havia me cortado por dentro e por dentro eu sangrava!

Eu dizia ao mundo...(rs). 
Eu tentava dizer muitas coisas ao mundo!
Mas o mundo não me trazia respostas...
O mundo tinha me dado as costas e me abandonado!

Um dia você me disse que tudo ficaria bem, um dia de cada vez, se eu me permitisse mudar! Eu não aceitava mudar, mas algo dentro de mim dizia que eu deveria te ouvir, apenas mais uma vez... apenas mais um dia, eu deveria te ouvir...


Foi te ouvindo e seguindo o seu exemplo que aprendi novamente a sorrir... 
Sempre fui uma menina sorridente, mas com você aprendi a ter sorriso interior! Aprendi a sorrir com o coração, chorar com os pulmões e abraçar com a alma!

Foi descobrindo como você conseguiu, que consegui me sentar ao seu lado e lhe dizer, olhando nos olhos, que "Hoje eu também sou uma vencedora!"

Foi recebendo seu abraço amoroso, que  eu aprendi a estender a mão aos que sofriam como eu sofri um dia!
Foi lendo suas "cartas", ouvindo sua voz que aprendi a escrever com clareza e com amor!

Mesmo morando em casas separadas,vivendo vidas distintas e tendo culturas diferentes você me ensinou que somos iguais, e assim recebendo sua ajuda que aprendi o quanto importava o "Tamu Junto".
Foi num abraço apertado, um sussurro no ouvido, o seu sorriso e seu sinal de positivo que aprendi o que era "identificação", o que era se sentir parte de um todo universal e intransponível!

Mas hoje, num dia que o sol amanheceu mais amarelo, o céu limpo e os passarinhos cantando...  Você se foi sem dizer Adeus!
hrque 

Obrigada pelo sua visita, que seu dia seja reconfortante como arco-íris depois da chuva.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Me Dança - Por Rodolfo Stocco


Me dança¹




"Não fosse o estranho fato de ela ter aparecido de repente e entrado uma vez somente nos meus braços a dançar como parte de mim em um salão onde todos os outros viraram parte de um nosso cenário particular, sequer saberíamos um do outro. Éramos nós. Eu e ela ela e eu. Ela me amava ali e eu a ela. Não tivemos o beijo mas sabíamos que seria nosso, talvez soubéssemos que ele viria um dia e o jogamos como rede a nos amarrar para sermos obrigados a nos encontrar novamente, mesmo com o enorme risco de ser fugaz nossa dança nos une mesmo que venha a ser sonho nossa emoção. Se ela não aparece eu a lembro e lembrá-la a traz para onde eu estou sendo eu parte única de um amor que ela sabe que é dela também?
Que seja meu o que é dela e ela sabe que é nosso, teimosia é parte de um charme talvez atrevido que ela usa à sua maneira. Mas sou eu e ela não me conhece somente às minhas palavras e o jeito como a olhei. Ela me conhece também por minha insistência, música e poesia minha que eu faço para ela e ela gosta porque sabe que a tira dos dias corridos que a impedem de enxergar a poesia talvez porque a poesia estava em mim na exata hora em que a encontrei para lhe devolver o que tanto gosta! Eu tenho o que te faz feliz eu sei que arte te preenche, te anima te apaixona, tem mais arte em mim do que no nosso chão, tem mais arte em nós do que só em mim.
Moça que dança que surpreende que teima. Põe a mão no vento e eu te danço como você gosta, você voa como vento você olha como luz ilumina quando vê. Moça da dança a dança dela comigo se dança se mostra e volta para me fazer lembrar sempre dela. Me dá um beijo no rosto como “eu te lembro e você vai lembrar de mim, a gente se gostou, a gente se encosta a gente se gosta, eu vou mas me procura de novo me abraça me dança.”


Nota¹ : Normalmente, quando faço uma postagem, pesquiso no Google o titulo da postagem que fiz, não sei, mas acho o titulo uma das partes mais pensadas das postagens, pois o texto é algo que surge, um filho que a gente gera, e depois fica olhando-o nos olhos e pensando "Qual nome especial que eu vou te dar?". Fazendo isso encontrei esse texto lindo do Rodolfo Stocco. Deixo o link de onde achei, lá vocês irão encontrar textos maravilhosos, desse e de outros autores : "Ser ou Não sei"





quinta-feira, 21 de maio de 2015

Me dança...

Esticou uma das mãos...
"- Dança?"
A outra, como dizia a regra...
Já nos primeiros acordes...
Aconchego.
"Me dança?"
Os olhos se fecharam, os movimentos,
os corpos a se encostarem, os rostos se tocando.
Respiração forte... não ofegante... apenas forte... Tocando o ouvido.
Ah, se soubessem o quanto aquele ouvido era sensível!
Às palavras e às massas de ar...
"Me dança?" 
O salão vazio, chão não existia.
A musica ficando baixa,
um sussurro de refrão acariciando o ouvido.
Quatro minutos ou quatro vidas?
"Me dança?"
Decidiu por abrir os olhos lentamente,
tudo continuava ali, a banda, as pessoas, as luzes...
Encabulada sorriu... Um abraço ultimo...
e foram, cada lá por ali, como dois estranhos que eram...
Sem nomes, sem telefones, sem amigos em comum...
"Me dança? Mas me dança pra sempre?"

Mas não disse...


Obrigada pelo sua visita, que seu dia seja encantador como dançar sua musica preferida abraçado ao seu abraço predileto.

Sobre você...

Eu não tenho a coragem que você tem...

A coragem de perguntar...
Perguntar se fosse diferente...
Perguntar se valeria a pena investir...
Perguntar por quê...
Perguntar se sim...
Perguntar por mim...

Eu não tenho coragem de te questionar... 
Te sussurrar musicas... 
Te puxar a mão...
De te olhar nos olhos...

Eu sei... sei o que vai pensar... 
Como pode? 
Alguém tão independente,
guerreira e confiante dizer esse tipo de coisas?
Alguém como eu...

E você... 
Você sabe que não é só você, nestas palavras...
E sim esses dois ou três vocês,
que conseguiram quebrar a tensão superficial desse copo d´água que eu sou.
Não que seja difícil, não é mesmo?

Afinal, talvez a verdade é que você não saiba... 
Ainda não saiba que eu... 


E nem vai saber... 
Porquê?
Bem, porque...

Eu não tenho a coragem que você tem...

Obrigada pelo sua visita, que seu dia seja cheio de coragem, a coragem que eu não tenho , rs!


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Quina de Canto.

Encostando coisas, sentimentos, convenções.
Somos canto, ângulo, vinco onde nos sentimos seguros.
No canto imaginamos ver o todo... 

Olhamos os outros sem que nos olhem as quinas...

Somos quinas, aresta, ângulo saliente ... 
Topamos o pé! Esbarramos o corpo, batemos o rosto...
É a dor de ser canto de um lado... Sendo ainda quina do outro.

Obrigada pelo sua visita, que seu dia seja bom, como é bom dormir mais 05 minutinhos de soneca do celular!

Escrever...


Esvaziar a cabeça da bagunça que as palavras fazem aqui dentro.
Emudecer o barulho que dói, que confunde, que fadiga.
É a tentativa, por vezes vã, de organizar os sentimentos que me empurram, afinal são nos cantos que sempre se junta a poeira.
É perceber a quina, sempre depois do dedo quase arrancado do pé.

É assistir uma animação infantil depois do pesadelo noturno.
É cafuné, é silêncio... É barulho orquestrado...
Olhar longe... parado... fixo na tela ou no teclado... "pensa... pensa... qual é a palavra que brincou aqui?"

Os dedos chegam a formigar, esperando imóveis sobre o teclado, o ditado que entupiu a garganta, que gira dentro de mim e não sabe como fazer... 
 Racionalizar um tema, para não pensar naquilo que tem me tirado a paz...
Meu orgulho me impede... atos heroicos, sensíveis e sinceros...

A quina dói... mas o canto... 
O canto ainda junta poeira!

Obrigada pelo sua visita, que seu dia seja acolhedor como cheirinho de café da fazenda!