quinta-feira, 19 de maio de 2016

Sempre desistiu...

Aos 7, karate.
Com 09 , da viagem.
Aos 11 da natação.
E assim do japonês, do origami,  do espanhol e do inglês.
Da Arquitetura, da Matemática e da Psicologia.
De amores então, desistiu de todos.
Se dizia volátil,  e livre demais para viver apenas uma história, uma só experiência não lhe satisfazia.
Desistiu até de si mesma, mas então aos poucos se encontrou e de dentro de sua instabilidade saiu.
E se apaixonou... um sonho tão profundo e visceral que se imaginou por toda a vida apaixonada e comprometida ,  mesmo tendo uma rotina,  queria todos dias.
E então,  o mundo lhe disse que era utópico, agora, perca de tempo, distanciamento e abandono, descaso com tudo que a sociedade esperava dela.
Aos poucos foram lhe tirando, cada dia uma desistência, cada obstáculo um recuo, cada chama um assopro...
Os olhos ficando opacos e ela voltando a rotina de ser volátil, de ser presa a liberdade que lhe impuseram.
Pobre menina livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário