sexta-feira, 22 de maio de 2015

Me Dança - Por Rodolfo Stocco


Me dança¹




"Não fosse o estranho fato de ela ter aparecido de repente e entrado uma vez somente nos meus braços a dançar como parte de mim em um salão onde todos os outros viraram parte de um nosso cenário particular, sequer saberíamos um do outro. Éramos nós. Eu e ela ela e eu. Ela me amava ali e eu a ela. Não tivemos o beijo mas sabíamos que seria nosso, talvez soubéssemos que ele viria um dia e o jogamos como rede a nos amarrar para sermos obrigados a nos encontrar novamente, mesmo com o enorme risco de ser fugaz nossa dança nos une mesmo que venha a ser sonho nossa emoção. Se ela não aparece eu a lembro e lembrá-la a traz para onde eu estou sendo eu parte única de um amor que ela sabe que é dela também?
Que seja meu o que é dela e ela sabe que é nosso, teimosia é parte de um charme talvez atrevido que ela usa à sua maneira. Mas sou eu e ela não me conhece somente às minhas palavras e o jeito como a olhei. Ela me conhece também por minha insistência, música e poesia minha que eu faço para ela e ela gosta porque sabe que a tira dos dias corridos que a impedem de enxergar a poesia talvez porque a poesia estava em mim na exata hora em que a encontrei para lhe devolver o que tanto gosta! Eu tenho o que te faz feliz eu sei que arte te preenche, te anima te apaixona, tem mais arte em mim do que no nosso chão, tem mais arte em nós do que só em mim.
Moça que dança que surpreende que teima. Põe a mão no vento e eu te danço como você gosta, você voa como vento você olha como luz ilumina quando vê. Moça da dança a dança dela comigo se dança se mostra e volta para me fazer lembrar sempre dela. Me dá um beijo no rosto como “eu te lembro e você vai lembrar de mim, a gente se gostou, a gente se encosta a gente se gosta, eu vou mas me procura de novo me abraça me dança.”


Nota¹ : Normalmente, quando faço uma postagem, pesquiso no Google o titulo da postagem que fiz, não sei, mas acho o titulo uma das partes mais pensadas das postagens, pois o texto é algo que surge, um filho que a gente gera, e depois fica olhando-o nos olhos e pensando "Qual nome especial que eu vou te dar?". Fazendo isso encontrei esse texto lindo do Rodolfo Stocco. Deixo o link de onde achei, lá vocês irão encontrar textos maravilhosos, desse e de outros autores : "Ser ou Não sei"





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